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18 de junho de 2015

Desamor


Enquanto a lua adornar o céu, não me irei lembrar mais de ti. 
Não quando no brilho do mesmo luar me deixaste para trás.

Enquanto os rios fluírem, não te darei mais de beber. 
Não quando a minha sede não saciaste quando implorei a tua água.


Enquanto sentires a minha falta, não irei voltar para ti. 
Não quando o meu corpo ainda se lembra do desespero pelo teu toque tantas ou mais vezes quantas as que me irás procurar.

Enquanto precisares da minha voz, não ouvirás qualquer murmúrio da minha boca.
Não quando tantos gritos meus escolheste ignorar.

A vida é feita de escolhas, sabes? E eu escolhi acreditar que precisava de ti para viver. E a tua ausência estava a matar-me. Por isso fiz outra escolha. Viver por mim e para mim. 

E sabes?...

Quando a lua se apagar,
Quando os rios secarem,
Quando a minha ausência te for indiferente,
Quando a minha voz se calar no teu pensamento,

Só nesse momento morrerei em ti. 
Só nesse fim de mundo terei um fim em ti.
Porque tu nunca quiseste escolher. Nunca precisaste. Eu escolhi sempre por ti; eu escolhi-te sempre a ti. Acreditaste que o meu amor por ti era suficiente para camuflar as tuas faltas. E em tempos também eu acreditei que o meu coração chegava para nós dois. Mas tu roubaste-mo. Confiei em ti quando mo pediste, e deixei-me sobreviver com os restos que me davas. Caminhei atrás de ti, no silêncio que me impunhas, e nunca a teu lado como me fazias acreditar. 

Mas hoje não. 
Hoje escolho a lua cheia de mim;
Escolho o rio que me lava dos teus tormentos;
Escolho um grito meu presente em todas as auroras!

Viverei para sempre em ti, mas ausente da tua vida.
Serei sempre a tua estrela e a tua luz, isso não te posso tirar. Mas apagarei o teu brilho dentro de mim; consumiste-me tanto que já nada me resta para te dar. Esgotaste-me.

Um dia foste a minha vida, e dela escolheste te ausentar.
Hoje, meu desamor, ausento-me da tua vida, permanecendo eternamente no teu coração.


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