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4 de junho de 2015

Amor próprio

Aqui estamos, despidos de defesas, decorados com todos os nossos defeitos e com todos os nossos segredos espelhados na troca de olhares.

Entrego-te este frasco bonito, neste lugar sem nome, numa época sem data. Aqui deves guardar o sentimento que invade as artérias e o motivo porque o coração canta todos os dias: o amor. 


O nosso amor. Aquele sentimento que nos devemos obrigar sem qualquer esforço a ter por nós próprios todos os dias e que nos permite aceitar quem somos, ensinando-nos a partilhar o melhor que temos com os outros.

O amor dos outros. Aquele sentimento familiar que tão carinhosamente contemplamos nos rostos desconhecidos e que instintivamente enternece o nosso o coração.

E o nosso amor. O amor que partilhamos, que nos é comum em todas as formas e feitios. Aquele amor que é tanto meu como teu. Tão frágil e, simultaneamente tão forte! 

Por isso te peço que guardes cuidadosamente o amor. Sela um pedacinho perto do teu peito, só para ti. Reserva esse pedaço que será teu para sempre.

Mas faz-me um favor. Esbanja o resto! Espalha-o pelo mundo; ama aqui e ali. Deixa-te amar hoje e amanhã!

Ama muito. Ama-te mais ainda. Usa e abusa do amor, e antes que ele te consuma por completo, aprende a abdicar dele quando necessário. Afinal, terás sempre o teu próprio pedaço de amor, bem guardado junto ao peito. 

E esse, ninguém to pode tirar.

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